Erros Comuns Na Instalação Do Ar Condicionado Que Podem Custar Caro!

Erros comuns na instalação do ar-condicionado que podem custar caro!

Instalar um ar-condicionado parece uma tarefa simples, mas pequenos erros durante o processo podem resultar em custos inesperados e dores de cabeça para o consumidor. Escolher um aparelho com potência inadequada, por exemplo, compromete a eficiência e aumenta o consumo de energia, impactando diretamente na conta de luz. 

Dessa maneira, a má vedação do ambiente obriga o equipamento a trabalhar mais do que o necessário, reduzindo sua vida útil. Outros deslizes, como um sistema de drenagem mal projetado, podem causar vazamentos e infiltrações, danificando paredes e móveis. Já a instalação elétrica inadequada representa um risco ainda maior, podendo levar a curtos-circuitos e até incêndios. 

Muitos desses problemas só se manifestam após algum tempo de uso, quando os custos de reparo já são altos. O que deveria ser um investimento em conforto pode rapidamente se transformar em um prejuízo. Por isso, contar com profissionais qualificados e seguir as especificações do fabricante são medidas essenciais para evitar transtornos. 

Este texto aborda os erros mais comuns na instalação de ar-condicionado e como preveni-los, garantindo um desempenho eficiente, maior economia e segurança para o ambiente.

Escolha errada da potência: o perigo de um ar-condicionado subdimensionado ou superdimensionado

A escolha errada da potência do ar-condicionado é um dos erros mais comuns na hora da instalação e pode gerar problemas tanto para o bolso quanto para o desempenho do aparelho. A potência de um ar-condicionado é medida em BTUs (British Thermal Units), que indicam a capacidade do equipamento de resfriar ou aquecer um ambiente. 

Para calcular a potência ideal, é preciso considerar fatores como o tamanho do cômodo, a quantidade de janelas, o número de pessoas que costumam frequentar o espaço e até a incidência de luz solar. Usar uma tabela de BTUs por metro quadrado pode a2

judar a estimar a capacidade necessária, mas, em casos específicos, um técnico especializado pode oferecer a melhor orientação.

Quando o equipamento é subdimensionado, ou seja, tem uma capacidade inferior à necessária, ele precisa trabalhar mais para atingir a temperatura desejada, o que resulta em sobrecarga, consumo excessivo de energia e menor durabilidade. O desconforto também é garantido, já que o ar-condicionado não será eficiente em espaços maiores do que sua capacidade.

Por outro lado, um ar-condicionado superdimensionado, com uma potência excessiva, resfria o ambiente rapidamente, mas desliga e liga com frequência, o que causa picos de energia e aumenta os custos com eletricidade. Assim sendo, o ambiente pode ficar excessivamente frio e até gerar umidade, prejudicando o conforto. Portanto, escolher o modelo adequado para cada tipo de ambiente é essencial para garantir um uso eficiente e econômico do aparelho.

Má vedação do ambiente: o vilão do consumo excessivo de energia

Uma vedação inadequada no ambiente pode ser um dos principais culpados pelo alto consumo de energia de um ar-condicionado. Frestas em janelas, portas mal fechadas e infiltrações de ar externo fazem com que o aparelho tenha que trabalhar mais do que o necessário para manter a temperatura desejada. Isso não apenas sobrecarrega o sistema, mas também resulta em um gasto excessivo de energia elétrica, aumentando significativamente a conta de luz.

Quando o ambiente não está bem isolado, o ar-condicionado precisa combater a troca constante de calor com o exterior, o que diminui sua eficiência. Por exemplo, em um dia quente, a entrada de ar quente pelas frestas faz com que o aparelho tenha que funcionar em sua potência máxima, o que acarreta maior consumo de energia e um desgaste mais rápido do equipamento. O mesmo ocorre no inverno, quando o ar frio entra, forçando o sistema a aquecer mais rapidamente.

Para evitar esse problema e melhorar o desempenho do ar-condicionado, investir em um bom isolamento térmico é fundamental. Algumas ações simples podem fazer uma grande diferença. Substituir vedantes antigos ou deteriorados, aplicar filmes de proteção solar nas janelas e usar cortinas pesadas ajudam a minimizar a troca de calor. 

Desse modo, inspecionar e corrigir rachaduras nas paredes e garantir que as portas e janelas fechem de maneira eficaz são medidas que fazem com que o ar-condicionado opere de forma mais eficiente, reduzindo o esforço e, consequentemente, o consumo de energia.

Investir em uma boa vedação não só melhora o conforto do ambiente, mas também contribui para a longevidade do aparelho e a economia na conta de energia.

Posicionamento inadequado da unidade interna e externa

O posicionamento inadequado das unidades internas e externas de um ar-condicionado pode comprometer seriamente sua eficiência e performance. A unidade interna, ou evaporadora, deve ser instalada em um local onde o fluxo de ar não seja obstruído por móveis ou cortinas, garantindo que o ar seja distribuído uniformemente pelo ambiente. Colocá-la em um canto mal ventilado ou em locais com alta incidência de luz solar direta pode fazer com que o aparelho precise trabalhar mais para atingir a temperatura ideal, resultando em um consumo de energia mais elevado e desgaste acelerado.

Já a unidade externa, ou condensadora, deve ser instalada em um local bem ventilado, de preferência à sombra, longe de fontes de calor como fornos ou fogões. Isso evita o aquecimento excessivo da unidade, permitindo que ela dissipe o calor de forma mais eficiente. Com efeito, deve ser instalada em um espaço que permita a circulação de ar adequada para evitar que o equipamento superaqueça, o que pode afetar seu funcionamento e reduzir sua vida útil.

A distância entre a unidade interna e a externa também é crucial para garantir o bom desempenho do sistema. De maneira geral, a distância ideal não deve ultrapassar 15 metros, e quanto menor essa distância, melhor. Distâncias muito longas entre as unidades aumentam a resistência do sistema e podem reduzir a eficiência energética, além de exigir mais potência para que o ar-condicionado funcione corretamente. O caminho da tubulação deve ser o mais direto possível, sem muitas curvas, para evitar perdas de eficiência.

Portanto, um posicionamento adequado das unidades internas e externas é fundamental para garantir que o ar-condicionado funcione de forma eficiente, econômica e duradoura.

Instalação elétrica incompatível: risco de curto-circuito e sobrecarga

Uma instalação elétrica incompatível pode representar riscos graves para o funcionamento do ar-condicionado e a segurança do ambiente. Quando a fiação não é dimensionada adequadamente para suportar a carga elétrica do aparelho, há chances de sobrecarga no sistema, o que pode resultar em curto-circuitos, danos ao equipamento e até incêndios. 

A sobrecarga ocorre quando a corrente elétrica ultrapassa o limite suportado pelos fios, o que, além de prejudicar o ar-condicionado, coloca toda a rede elétrica da casa ou do prédio em risco.

Para evitar esses problemas, é essencial avaliar se a fiação do local é capaz de suportar a demanda do ar-condicionado. A corrente necessária pode ser calculada levando em consideração a potência do aparelho, que é medida em watts (W) ou amperes (A). 

Para saber a compatibilidade da fiação, deve-se consultar as especificações técnicas do ar-condicionado e garantir que os fios e circuitos sejam adequados para suportar essa carga elétrica. Fiações muito finas ou antigas não são recomendadas para suportar a alta demanda de energia que um aparelho de ar-condicionado exige.

Outro ponto crucial é a instalação de um disjuntor dedicado, que é uma medida de segurança fundamental. O disjuntor atua como um dispositivo de proteção, desligando automaticamente a energia em caso de curto-circuito ou sobrecarga, prevenindo danos ao aparelho e outros riscos elétricos. Esse disjuntor deve ser adequado ao modelo de ar-condicionado instalado, com a amperagem correta, para garantir que o sistema de segurança funcione de forma eficiente.

Em resumo, garantir que a instalação elétrica seja compatível com as exigências do ar-condicionado e utilizar um disjuntor dedicado são medidas imprescindíveis para evitar danos ao aparelho e riscos de acidentes.

Uso de materiais inadequados na instalação

A escolha de materiais inadequados durante a instalação do ar-condicionado pode prejudicar significativamente o desempenho do aparelho e reduzir sua vida útil. O uso de tubos de baixa qualidade e conexões mal vedadas são problemas comuns que podem gerar uma série de complicações, como vazamentos de gás refrigerante, sobrecarga do sistema e maior consumo de energia. 

O gás refrigerante é essencial para o funcionamento do ar-condicionado, e qualquer fuga compromete a eficiência do aparelho, exigindo mais esforço para alcançar a temperatura desejada, o que aumenta o consumo de energia e acelera o desgaste do sistema.

Do mesmo modo, tubos de baixa qualidade ou mal dimensionados podem causar obstruções e dificultar o fluxo adequado do fluido refrigerante, resultando em perda de desempenho e possíveis danos internos ao sistema. Conexões mal vedadas também são um ponto crítico, pois podem gerar fugas ou até mesmo provocar a entrada de ar no circuito, o que impacta diretamente na eficiência e na manutenção de temperaturas ideais.

Optar por materiais de boa qualidade e compatíveis com as especificações do ar-condicionado não apenas evita esses problemas, mas também contribui para a durabilidade do aparelho. 

Tubos e conexões de marcas confiáveis, além de serem mais resistentes, garantem um melhor fluxo de refrigerante, prevenindo falhas no sistema e aumentando a eficiência energética. Materiais adequados também diminuem a necessidade de manutenções frequentes e prevenem reparos caros no futuro.

Portanto, investir em materiais de qualidade é fundamental para garantir o bom funcionamento do ar-condicionado, prolongar sua vida útil e evitar custos extras com manutenção e energia. A escolha certa pode fazer toda a diferença no desempenho do equipamento e na economia a longo prazo.


Sofia Vergara

Sofia é formada em Design de Interiores pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Já atuou como gerente de projetos em diversas marcas de móveis, decoração e interiores. Possui especialização em Arquitetura de Interiores e Light Design pela UniBF. Com sua vasta experiência no ramo, contribui como a principal autora do site Defior Decor.